terça-feira, 30 de junho de 2009

Cacau




É minha fisio. Desde 2006 quando pela primeira vez fui apresentada a essa modalidade de tratamento. Na época, eu corria e só. E muito. Depois de uma meia no RJ e de 2 kms na track’n’field , quebrei. Fratura por estresse, segundo metatarso do pé esquerdo. Robofoot, muletas, antinflamatório e muita fisio.
Não entrei em depressão por muito pouco. E meus melhores momentos dos dois meses que fiquei no estaleiro eram quando estava no Vita sob os cuidados da Cacau.
É triatleta e, na época, havia acabado de se recuperar de uma lesão que a tirara de combate por um longo período. Sabia o que eu estava passando. Séria. Senti que podia entregar meus pés às suas mãos sem temor. Ah, mas eu queria arrancar um sorriso daquelas feições nunca mau-humoradas, mas sempre compenetradas em seu labor. Foi só na segunda ou terceira sessão que consegui, quando lhe contei uma das muitas travessuras de algum dos meus meninos. Aí ele apareceu: um sorriso de gibi, de olhos e dentes! E assim, enquanto ela me tratava eu ia esquecendo meus dissabores e passamos a conversar sobre corridas, triatlon, atletas e, mais tarde sobre amigos, família, trabalho e sempre eu guardava uma historinha divertida para contar pra ela sobre meu time de futsal doméstico.
Quando já era pra eu estar melhorando, uma dor nova apareceu. Cacau me ouviu e me levou a sério. Mais do que o médico, que achou que eu havia criado uma expectativa grande e, na verdade não tinha nada. Pois era uma tal de distrofia muscular por desuso (meu pé ficou maluco de ter ficado tanto tempo imóvel) e precisei de mais algumas sessões de fisio.
O tratamento terminou e pude fazer a São Silvestre que havia planejado. Pensei nela durante a corrida, de como havia me ajudado. Na chegada chorei copiosamente. Montes de emoções ao mesmo tempo. Mandei um email pra ela, com uma foto da corrida, agradecendo tudo que fez pra tornar possível aquele momento.
2007 foi um ano sem lesões. Comecei a treinar triatlon e só encontrava a Cacau de passagem, na USP.
Em 2008 comecei uma nova saga fisioterápica, Cacau cuidou de mim e fiz Penha e Clearwater. Estou em tratamento desde março. Num dos dias que tinha sessão marcada, cheguei lá e Cacau tinha tido um imprevisto e não estava. Eu iria ser atendida por outro fisio. Quase fui embora. Quando estava na saída, ela me ligou pra dizer que havia deixado tudo especificado com um colega, que eu poderia ficar tranquila etc e tal. Acabei ficando, meio relutante. Foi tudo bem, mas não era a Cacau.
O Vita passou por reformulações na área de fisio. Filé, experiente fisioterapeuta que já passou por vários clubes de futebol, está lá. Cacau está encarando novos desafios, atenta e aberta às novas abordagens e métodos que ele trouxe. Ele, que não é bobo nem nada, já deve ter percebido que tremenda profissional ela é, e vai deixá-la bem próxima.
Então, mesmo sofrendo por não poder treinar direito, mesmo sofrendo porque essas novas abordagens supliciam a gente com manipulações, ventosas e outros castigos corporais ... eu gosto de ir lá. Gosto de conversar com ela, de provocar um riso de gibi e, claro, porque sei que vou melhorar. Vou, mais uma vez, mandar a foto da chegada em Penha com mil agradecimentos.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Placar do fim-de-semana: Treinos 2 x 2 Família


No fim-de-semana a prioridade é o convívio com a família, certo? Errado. Para quem treina, é um prato cheio, ops, uma planilha cheia pra se derrubar. Se, durante a semana, a gente equilibra vários pratos: trabalho, assuntos domésticos, marido, filhos, cuidados extra-curriculares (dentista, creminhos, fisioterapia), no fim de semana, os dois pratos principais são os treinos e a família. E é preciso abrir bem os olhos pra se fazer justiça e não deixar a balança pender.Os treinos aos sábados também começam cedo e isso é bom, porque dá para ir, pedalar, fazer uma social (na padoca de preferência), voltar e ainda chegar antes do almoço com as crias. Depois de pedalar 60 km é preciso ter ainda energia de sobra pra fazer uma programação infantil. Nesse sábado, fomos ver Transformers 2. Pelo menos é melhor do que ver algum filme “cabeça”e dormir. E teve lanche no América, passeio na Livraria Cultura (com direito a Nespresso hummmm), colocar a dupla dinâmica no banho (e impedir que tampem o ralo e inundem o banheiro), tirar do banho e cama... Sem deixar de lado o marido, claro!No domingo, depois do tal pedal geriátrico – mas foram 80 km com subidas – peguei estrada até Igaratá pra dar um beijo no sogro aniversariante e almoçar com a família. Que sono, durante a viagem... Cheguei fedida. Banho rápido, que o almoço já estava na mesa. Meia horinha de tentativa de cochilo, mas com os gêmeos pululando em volta, ficou difícil.Café na veia e volta pra SP escutando o jogo do Brasil (e o CD que a sogrinha gravou) antes de escurecer, porque o carro está caolho (um farol só) e a motorista é cegueta.Voltei e dei início a este blog. É mais um pratinho pra equilibrar.

Lesões II e treino de hoje

Ufa. Acordei sem dor no joelho. Alarme falso. O calcanhar continua sensível, mas nem tanto como no fim da semana passada. Ainda estou proibida de correr. Treino hoje: 2,2 km de natação e 35 min de musculação. Por via das dúvidas, tenho usado bastante o flutuador. Nada de bater perna. Muito menos com nadadeiras. Mas até que minha natação não está mal. Pelo menos para os meus parâmetros. Não sou uma nadadora muito rápida, mas dentro da minha faixa etária, não dou vexame. Hoje tinha 4 x 300 mts, progressivo. Fiz 6min, 5min38seg, 5min20s e 5min17seg.

domingo, 28 de junho de 2009

Lesões I

O treino foi ótimo. Só que agora meu joelho tá doendo. Dor nova. Não no joelho da síndrome do íliotibial. O joelho do tornozelo que está com tendinite fibular. Tou virando especialista em ortopedia. Bah. Quem sabe não é psicológico? Só porque eu fiz a inscrição. Deve ser isso.

Romeiros geriátrica






Depois de tomar vento na cara no Riacho Grande, nada como um treininho em Romeiros.


Saímos 7:30 de Pirapora, Marcos (que também treina na MPR) e eu, segundo ele, num ritmo geriátrico. Ótimo, por sinal. A gente não se mata. Termina o treino com sensação de dever cumprido, mas não está acabado.
E ainda deu pra ir conversando quase o caminho inteiro. Menos, é claro, na subida do "Cala boca". Mas aí já faltava pouco pra chegar.
Tinha uma corrida saindo lá do fim da estrada, até Cabreúva - 18km. Tinha uns gatos pingados e animados prestes a sair na hora em que chegamos lá. Pergunta: por que colocar música no volume máximo antes da largada? Pra irritar as fibras musculares?
Nós saímos antes deles, pra evitar ter de ultrapassá-los. Mas não tinha sinalização da prova e vinham muitos ciclistas e motocicletas no contrafluxo. Ficamos pensando se não ia dar confusão.
E o sol não deu as caras. Mas nem fez falta.


Caro CLAUDIA ROSENBERG ARATANGY


E então, depois de não conseguir com um cartão, nem com o outro, quase brigar com a operadora deles, de mandar email pro "Dear support" do active e tudo... No terceiro cartão (que eu nunca uso) e vigésima tentativa - consegui.
Agora tenho a escolha. Posso até não fazer. Mas deixar de fazer por falta de inscrição, não! Vou ter que arranjar uma desculpa melhor.
Uma tendinite dessas que vem me assolando desde o ano passado. Isso sim, é um pretexto.
Hesitei. Hesitei porque não sei se vai dar pra conciliar tudo que precisa ser conciliado, não sei se vai dar pra não me quebrar de novo, e de novo e de novo... Pra aguentar a rotina que vem por ai. Não é já, mas é daqui a pouco. E agora, cada prova, não é mais só uma prova. É um passo. Troféu Brasil agosto? É um passo. Penha? Vários passos. Clearwater? Duvido um pouco que role, mas isso é assunto pra outra postagem. Se for, é um graande passo. Fisioterapia? Passos e mais passos.
Incrível, mas este emailzinho fez tudo mudar de perspectiva.

Incrições esgotadas



Não queria ter tomado esta decisão tão precocemente. Falta quase um ano. Mas desde o dia em que começaram, fiquei monitorando e percebi que não seria uma decisão feita com calma e ponderação. As inscrições foram em PG. De uma centena, pularam pra duzentas, de duzentas pra quatrocentas e pedrada. Me conformei em ter de decidir até o fim do mês. Que nada. De repente já eram 844. E a Mari (uma querida amiga que já fez dois irons e planejava fazer o terceiro) me ligou "Clau, já acabaram as incrições!" Sim. Tinham acabado. Por boleto, no site. Restava ainda no cartão de crédito no active.com. Putz. Em doletas. No ato. Sem parcelar. Sem choro. Sem refund.