quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ironman II - Algumas histórias Momentos de TAMsão

Depois da história do cateye achei que a sorte estava sorrindo para mim. Ate que recebo um torpedo do marido, que ainda estava em São Paulo. Era 5ª feira. “Onde estão as passagens de volta dos kids? Só encontrei as nossas”.
Eu havia emitido todas as passagens. Doze e-tickets. Ida pela Gol, volta pela TAM, vários deles tirados por milhagem, no início de março. Eu achava que tinha deixado tudo impresso em SP.
Assim que recebi o torpedo, subi até o quarto do hotel pra ver se, por acaso, estavam comigo. Não estavam. Desci e fui até a salinha dos computadores. Acessei meu webmail. Fucei e só achei seis, SEIS mensagens com as passagens do marido e minha. Das crianças, nada. Comecei a suar frio.
 Era hora de jantar. Nem fome eu tinha. Sentei à mesa com a Nilma e o Neto mas não conseguia desligar do assunto. Pobre Nilma. Deixei-a preocupada também.
Da mesa de jantar, de frente para o sexta refeição de macarrão com molho de tomate fresco, peito de peru e batatas assadas da temporada, liguei pra Celina, minha secretária, pra me certificar de que não estava louca. Tinha certeza de que havia emitido as passagens, mas precisava de uma confirmação. Muitas vezes praticamos o crime falsidade ideológica, nós duas. Ela se passa por mim pelo telefone para adiantar o expediente em coisas deste tipo. Celina se lembrava de que eu/ela realmente havia emitido ida e volta, em companhias diferentes.
Voltei à sala de computadores, entrei no site da TAM, xeretei na área “meus bilhetes” e nada. Liguei pra TAM. Expliquei a situação e pedi para procurarem meus filhos na lista de passageiros. Tinha o número do vôo, o dia, a hora, nome e sobrenome. O atendente (pra sorte dele, esqueci seu nome), de audível má vontade, disse “não consta, senhora.” Pânico.
Liguei pra casa e pedi pro Theo, meu filho mais velho, abrir meu computador e procurar na minha caixa postal. Embora o marido estivesse em casa eu não queria nem que ele desconfiasse do que estava acontecendo. Vai que eu tinha apagado a mensagem com o e-ticket do webmail... Ele encontrou só as passagens de ida, da Gol e as de volta, minha e do Roi.
Voltei ao restaurante. Estava desnorteada. Comecei a fazer as contas do prejuízo que iria ter:
1. Dificilmente haveria quatro lugares disponíveis no mesmo vôo que o nosso, portanto um de nós teria de perder a passagem para viajar com os meninos. Seriam cinco bilhetes comprados de véspera, muito mais caros.
2.  Passagens para 2ª feira? Rá! Sem chance. Então, além de tudo, teria de arcar com pelo menos mais cinco diárias.
Sem contar o desgaste de ter de resolver uma encrenca dessas àquelas alturas. Véspera do Iron. Era hora de ter de me preocupar com isso? Definitivamente, não.
Lembrei da viagem pro mundial de 70.3, em Clearwater, quando perdi os documentos no aeroporto, passaporte inclusive.
O pior era a sensação de que eu devia estar com a cabeça avariada. Ou a TAM estava fazendo uma grande besteira.
Nilma sugeriu que eu entrasse no site do Fidelidade TAM e verificasse meu extrato. Ela se levantou pra buscar o seu netbook, quando, acabou a energia. Pronto. Ficamos no escuro, e eu não iria conseguir checar.. Que remédio? Acabei de engolir minha refeição. Nilma e  Neto tentavam me acalmar “Liga de novo na TAM... às vezes é o atendente que não sabe procurar...”
O pessoal em volta percebeu que eu não estava pra brincadeiras. Minha cara deveria estar péssima. Ninguém fez gracinha.
A energia voltou e, como o netbook não estava encontrando a rede wi-fi fui até a salinha de computadores mais uma vez. Sim, as milhas tinham sido debitadas da minha conta. Onde diabos então estavam as passagens???
Tanto naveguei pelo site que acabei chegando numa página com uns códigos estranhos. Cliquei no primeiro. Mais uma vez, era minha passagem. Clique no segundo... achei a passagem do Theo! Nem tudo estava perdido. Já era um bilhete a menos pra pagar. Uma diária a menos também. Cliquei no terceiro código. Achei!!! As três passagens estavam lá. No mesmo vôo que eu!
Anotei os números e liguei, espumando, pra TAM. Desta vez, foi a Jennifer quem me atendeu. Contei toda a novela e passei os códigos. Claro que ela encontrou. Reclamei a respeito do coleguinha que não tinha encontrado com os nomes e sobrenomes. Sabem o que ela me respondeu? “Ah é porque ele precisa checar a lista toda de passageiros!” Nossa. Que difícil. Mais fácil dizer que “não consta”. Dá pra acreditar?
Solicitei que ela me enviasse os bilhetes eletrônicos e não desliguei a ligação enquanto eles não apareceram na minha caixa postal.
Respirei aliviada e voltei a sorrir. Mas, definitivamente, não precisava ter passado por essa.


2 comentários:

  1. Perrengue em aeroporto ou às vésperas do mesmo é péssimo! Ainda mais prestes a participar de uma prova mega importante! Ainda bem que tudo deu certo! Parabéns mais uma vez pelo resultado!

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  2. Tô tentando criar o habito de anotar o nome e horario dos atendentes com quem eu falo pra depois poder fazer uma reclamação formal no SAC, é um SACo :-(

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