quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Hora de retomar, hora de persistir

Desculpa, tem. Mas não vou ficar gastando muito tempos com elas. O fato de eu ter me ausentado por tanto tempo é quase única exclusivamente por uma razão: SARESP. Quem sabe o que é, sabe. Quem não sabe, eu não vou contar. Estou cansada desse assunto.
Então vou tratar de retomar um tema que a Thelma abordou no blog dela: força mental.
A gente já nasce disciplinado? Ou aprende com o tempo e as porradas que a vida dá? E a persistência? Por que algumas pessoas desistem frente às primeiras dificuldades, enquanto outras, não? A persistência, força de vontade, disciplina e a crença em si mesmo valem para todos os aspectos da vida de uma pessoa ou são traços, por assim dizer, transversais à personalidade?
Tenho muitas dúvidas e poucas certezas sobre isso.
Como educadora, tendo a crer que esses são traços que se aprendem. Algumas pessoas parecem ter um pouco mais de tendência ou facilidade para aprender. E, novamente falando como educadora, penso que a aprendizagem da disciplina, da perseverança e da força de vontade têm a ver com o fato de elas fazerem, ou não, sentido para o aprendiz. Explico. Persistência, por exemplo. Só vou ser persistente se, em primeiro lugar, souber para que estou sendo persistente. Como se costuma dizer, persistir no erro, é burrice. Ou seja, a persistência é algo bom se advir dela uma satisfação, uma recompensa e, principalmente, um novo conhecimento. Experiências de sucesso em que o processo teve algumas dificuldades e exigiu um pouco de persistência, são positivas. Uma criança pequena, ao montar um quebra cabeça, terá de persistir um pouco caso não consiga encaixar facilmente as primeiras peças. Se ela persistir, aos poucos a montagem vai ficando mais fácil, já que há menos opções de peças para ela tentar e a imagem vai ficando delineada. Se ela persistir, ficará satisfeita de chegar ao final terá aprendido um pouco mais sobre como montar um quebra-cabeça e também, começará a sentir que a persistência pode valer a pena. Evidentemente se, por outro lado, a dificuldade do quebra-cabeça estiver muito além das possibilidades da criança, ela não conseguirá terminar e isso não contribuirá para que ela aprenda a persistir.
Muitas vezes, a persistência pode ser, também, uma burrice. Persistir no erro. Persistir na ignorância. A persistência em si, não é um valor. Depende da situação. No esporte, a persistência é, na maioria das vezes um fator positivo. Mas, em alguns casos, é mais sábio desistir. Persistir correndo quando uma dor se agrava pode fazer a diferença entre uma lesão que vai tirar você de combate por uma semana ou por meses!
O mesmo, eu diria, vale a disciplina. Mas falemos disso outro dia.

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