Já faz um tempo que estou devendo um post sobre meu novo brinquedo – um Garmin Forerunner 405. Mas atenção! Não se iluda. Não vou fazer uma resenha sobre o produto ou dar dicas e truques sobre os seus recursos e funcionalidades. Nada disso. Vou escrever sobre voltar a se sentir como criança diante de um brinquedo novo.
Este é um dos baratos do triathlon. E sem querer fazer um trocadilho infame, este barato geralmente sai caro. Mas vale a pena. Ao ingressar no mundo do triathlon abre-se uma vasta gama de possibilidades de ser feliz. A lista de desejos aumenta. Quanto mais você vai adentrando este universo, mas longa e específica ela vai ficando. Há três anos, por exemplo, eu só queria uma bicicleta para fazer triathlon. Mas nem sabia que existiam bikes de contra-relógio e bikes de ciclismo. Roda, para mim, era parte do veículo. Nunca me passaria pela cabeça comprar rodas que não viessem numa bicicleta. Não nasci sabendo, ok? E eu entrei muito solitariamente nessa vida de triathleta – não convivi com eles até que começasse a treinar portanto, era uma ignorante, literalmente falando. Mas aprendo rápido e, em pouco tempo, fui aprendendo a desejar: uma bike de triathlon, um par de rodas Zipp, uma jaqueta cortavento importada e assim por diante.
Gosto de almejar esses objetos. Não fico obcecada em possuí-los, mas vou acalentando o desejo, sonhando com eles, planejando o momento de adquiri-los e o de usufrui-los.
Foi assim quando passei da Vicini pra Giant. Levei meses para tomar a decisão, namorei várias bikes, conversei com algumas pessoas, naveguei por sites, negociei um parcelamento, pedi um subsídio em nome do meu aniversário e, no início de 2008, estava com a nova magrela. Totalmente apaixonada.
Depois foram as rodas Zipp. Discuti com mestres no assunto qual a melhor relação custo-benefício, fiz cotação em vários sites americanos, regateei e, por fim, comprei-as às vésperas de ir pra Clearwater. Chegando ao hotel, lá estavam as minhas lindinhas. Dormi abraçada com elas.
Levei mais de um ano para decidir comprar um Garmin. Achava muito caro, não sabia se ia ter mesmo utilidade pra mim, se valeria a pena. Mas, a hora chegou. Mudei de academia, estou correndo mais vezes na rua (e não sei qual a quilometragem percorrida), ano que vem, nos treinos pro Iron, vou ter de fazer muitos longões, o dólar baixou, o Garmin criou um modelo que não fica parecendo uma televisão no meu pulso. O marido da Eliana, que trabalha comigo, foi para os States e trouxe um pra mim.
E eu estou a-do-ran-do meu brinquedinho. Acredite se quiser: até o manual eu li! Aperto os botões, exploro todos os comando, jogo no link da web, corro com os olhos grudados nele, brincando de manter ou apertar meu pace!
É legal e gostoso ter vontades. É bom lembrar que, geralmente, quem não tem vontades e apetite (que não deixa de ser uma vontade), é porque está em depressão. Sem exageros, sem abusos. Claro que se você começar a ficar obcecado por bicicletas top de linha, última geração, de US$ 15,000, isso pode se tornar um problema. Pelo menos no meu caso. Mas sei até onde posso cultivar os meus sonhos.
Não sou consumista, não gosto de jóias, não ligo pra roupas – não reparo nas marcas, não dou bola pra bolsa (uso a mesma faz uns 5 anos) e nem pra carteira, sapatos são uma encrenca na minha vida (um dia escrevo sobre eles e meus pés) mas, fico feliz como uma criança no Natal quando ganho ou compro os equipamentos e acessórios do meu esporte.
E não é mesmo uma delícia?
Dificil é sair p/ um treino e não levar o 405...kkkkk Esse bichinho, vicia!!! rsrs Bom fds...
ResponderExcluir...Também to viciada no 405 ...e para não perder o hábito do "consumismo triatlético" ja estou de olho no modelo 310XT última novidade para usar até na natação!
ResponderExcluirBacana mesmo Claudia,
ResponderExcluireu tenho uma televisão de braço hehehehe o 305... mas também é um modelo muito bom e com várias opções de treino.
bons treinos para você!!!