segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Meu maior medo...


... em relação ao triathlon é morrer num treino de estrada. Este ano treinei pedal algumas vezes na Dom Pedro e confesso: fiquei tensa. E não me venham com essa conversinha mole de que “quando é pra ser, é pra ser” “quando chega a hora” ou “quando não é a sua hora” bla bla bla. Sim, pedalar em rodovias grandes, por onde passam carros e caminhões em alta velocidade, aumenta suas chance de ver “a sua hora chegar”.
Você pode fazer tudo direitinho: andar em grupo, pelo acostamento, não clipar quando passam os caminhões, sinalizar suas manobras etc e tal. Mas um pequeno erro de cálculo, pequeno como a passagem das rodas por entre dois pequenos obstáculos (tartaruguinhas), pequeno como um galho caído maior do que se pensava, pequeno como um punhado de areia ou uma mancha óleo na pista, podem ser fatais.
Este ano presenciei um acidente com o Armandinho Bassani. Estávamos pedalando em um pequeno grupo quando ele perdeu o controle da bike numa descida no acostamento da Dom Pedro e se chocou contra uma mureta de proteção. Se ralou inteiro mas, teve sorte, pois não passou disso. Foi bem na minha frente.
A USP também foi palco de vários acidentes mas, como o trânsito de carros e outros veículos é um pouco menos intenso e em velocidades mais baixas que na estrada, os acidentes, na maior parte das vezes, não foram graves. Três dias antes de Pirassununga, durante o treino na USP vi o André Rappaport (colega da MPR)escorregar numa mancha de óleo e deslizar pelo chão. Por sorte, não vinha nenhum carro atrás. Ele se levantou rapidinho. E inteiro.
Acabei de ficar sabendo que a Ana Lidia sofreu um acidente grave na Dom Pedro. Conheci a triatleta antes de ir pra Clearwater em 2008. Como ela tinha ido em 2007, me deu um monte de dicas. Foi muito prestativa e simpática. Ela já está se recuperando mas, pelo que soube, caiu da bicicleta e foi atropelada por um carro. Sua sorte foi que o caminhão que passava conseguiu desviar-se dela. Estou torcendo muito, mas muito mesmo para que ela se recupere rápido e que não tenha nenhum tipo de sequela.
Esse acidente me faz refletir se vale mesmo a pena ir para estrada. Ano que vem terei treinos de até 160 km mas, sinceramente, não sei se estou disposta a correr riscos em grandes rodovias. Romeiros e Riacho Grande são lugares de pouco tráfego e baixas velocidades. Talvez não sejam ideais para quem quer completar um iron. Mas pelo menos, minhas chances de chegar inteira até lá, aumentem.

4 comentários:

  1. Claudia, fiz todos os meus treinos para o Iron no Riacho Grande. Seis horas de rodagem, todo santo domingo. 160 km. Mentalmente, não é fácil. Mas treinar para um Iron não é fácil de qualquer maneira. Então, que seja em um lugar seguro...

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  2. Clau!!! Vc tem toda razão ! Penso como vc ! estão todos abalados com o acidente da Ana ! vamos repensar sobre treinar nas estradas movimentadass e procurar um lugar mais seguro...os longões estão chegando...e o Iron 2010 nos aguarda !!!

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  3. Oi Claúdia entendo seu medo,pois acredito é mesmo de todos nós.Mas infelizmente acho que o único lugar seguro é em casa no rolo e no rolo não dá p/ treinar p/ o I'M.Acho que o acidente da Ana foi uma fatalidade e graças a DEUS não foi pior.Mas ela caiu sozinha e deu um azar danado de ter caído dentro da pista.
    Eu acredito se nós andarmos bem equipado,atento e principalmente com a proteção de DEUS podemos tirar esse sentimento ruim que fica em nós sempre que isso acontece.
    Aqui no Rio eu pedalo sozinho em uma estrada perigosa d+,mas eu prefiro sozinho porque não me preocupo com ninguém a não ser os carros e o meu treino.Eu fico extremamente atento a tudo e conto com uma proteção divina extrema também.
    Não deixe seus medos vir a tona quando estiver pedalando,afinal quando chega a hora chega a hora.rsrsrsrs
    Desculpa o humor negro mas vá p/ a estrada sem medo e faça disso uma forma de conscientizar os atletas ao seu lado que atenção é uma forma de não adiantar seu passaporte p/ o céu.Beijão.

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  4. Cláudia, engraçado que esse também é um medo meu. Não faço trienos para Ironman ou eventos dessa magnitude, mas pedalo em grandes avenidas de Belo Horizonte. Não é fácil... O medo tá sempre na minha sombra... mas vamos em frente! Abandonar o esporte, jamais... Abraços.

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