Não que eu não goste da minha vida, da minha rotina. Gosto sim. É bem agitada, cheia de gentes queridas e bacanas por perto, com um ritmo tal que acordar as 5h20 ou às 5h22 faz diferença. Mas... Dançando na chegada
...É dureza, essa obrigação de voltar à realidade. Sinto como se tivesse ido para um universo paralelo, vivido outra vida: intensa, cansativa, repleta de afazeres bastante práticos. Quando ingresso nesse outro mundo, vou de corpo e alma. Quase esqueço minha existência entre os mortais. Cada instante gira em torno da prova que virá, que está sendo ou que acabou de acontecer. A sintonia com o próprio corpo é finíssima e as necessidades básicas que, geralmente relegamos ao segundo plano das nossas ocupações, passam a ser centrais: descanso, sono, hidratação, nutrição. Ficar deitada, lendo, relax com uma garrafinha de água e gatorade é quase um dever do atleta antes da prova. Aquilo, que, no dia a dia, fica espremido entre o horário ir para o trabalho e a hora de ficar com os filhos, entre a necessidade de dormir e a de cuidar da casa, das contas, das compras – ou seja, o treino – ganha exclusividade no dia da competição. O assunto, que a gente precisa maneirar para não irritar os amigos e familiares não atletas – o esporte – é o tema nas ruas, nas filas, nas mesas, nas feiras, nas camisetas.
Mas, depois de apenas 40 minutos de vôo, a bicicleta, nossa carruagem encantada, vira abóbora. Nós, tratadas como rainhas da categoria no triathlon, voltamos a ser reles malucas da categoria “como-é-que-pode-treinar-tanto-assim?”. Os seres extraterrestres que estavam conosco neste universo paralelo, dispersam-se.
Não é fácil. Deveria ser obrigatório um período de quarentena para a volta à rotina.
...É dureza, essa obrigação de voltar à realidade. Sinto como se tivesse ido para um universo paralelo, vivido outra vida: intensa, cansativa, repleta de afazeres bastante práticos. Quando ingresso nesse outro mundo, vou de corpo e alma. Quase esqueço minha existência entre os mortais. Cada instante gira em torno da prova que virá, que está sendo ou que acabou de acontecer. A sintonia com o próprio corpo é finíssima e as necessidades básicas que, geralmente relegamos ao segundo plano das nossas ocupações, passam a ser centrais: descanso, sono, hidratação, nutrição. Ficar deitada, lendo, relax com uma garrafinha de água e gatorade é quase um dever do atleta antes da prova. Aquilo, que, no dia a dia, fica espremido entre o horário ir para o trabalho e a hora de ficar com os filhos, entre a necessidade de dormir e a de cuidar da casa, das contas, das compras – ou seja, o treino – ganha exclusividade no dia da competição. O assunto, que a gente precisa maneirar para não irritar os amigos e familiares não atletas – o esporte – é o tema nas ruas, nas filas, nas mesas, nas feiras, nas camisetas.
Mas, depois de apenas 40 minutos de vôo, a bicicleta, nossa carruagem encantada, vira abóbora. Nós, tratadas como rainhas da categoria no triathlon, voltamos a ser reles malucas da categoria “como-é-que-pode-treinar-tanto-assim?”. Os seres extraterrestres que estavam conosco neste universo paralelo, dispersam-se.
Não é fácil. Deveria ser obrigatório um período de quarentena para a volta à rotina.
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