terça-feira, 22 de setembro de 2009

Troféu Brasil subaquático

Quem foi competir domingo ainda está enxugando as sapatilhas, torcendo as meias e colocando o tênis atrás da geladeira para ver se seca mais rápido. Com o clima que tem feito, o perfume inebriante de chulé com mofo não vai sair nunca mais.
Provinha encardida. A chuva começou 15 minutos antes da largada e não parou mais. Veio atrás da gente e chegou a São Paulo ontem. O mar, agitado, assustou alguns estreantes. Uma pessoa que conheço, chegou até a primeira bóia e desistiu. Uma pena. O mais difícil era justamente chegar até ali, com o mar batendo na cara, tentando manter um trajeto mais ou menos reto. Dali em diante, era ir no vai da valsa até a segunda bóia. Depois, Iemanjá jogava pra praia. Os homens de 40 anos ou mais largaram antes de nós 3 minutos. Ainda assim, trombei com vários pelo caminho. Um, inclusive, nadando de costas!!! Como é possível alguém se orientar num mar daqueles nadando de costas?
Pedal cauteloso. Ano passado tomei um chão bonito num dos retornos da portuária. Chovia, também. Eu estava bem devagar, mas a roda dianteira pegou um desnível do asfalto, o chão escorregadio... Foi como se alguém tivesse puxado meu tapete. Cai de lado e bati o capacete no asfalto com tudo. Fiquei zonza. Levantei sacudi a poeira (ou melhor, a lameira) e segui em frente. Depois é que eu vi o tamanho do estrago no capacete. PT – perda total. Se aquela rachadura fosse no meu crânio, duvido que eu ainda tivesse a habilidade de pedalar.
Tudo isso pra justificar minha lerdeza no bike. Ainda assim, ultrapassei muitas mulheres. Alguns homens também.
Corrida. Quase nada a declarar. Bom mesmo foi não sentir dor. Isso sim.
Faltando um poucos metros da linha de chegada percebi que alguém vinha chegando no meu encalço. Uma mulher. Apertei o passo. Quase morri pra deixá-la pra trás. Não, dá né. Ultimos metros!!! Eu não deixo.
Esperamos até a premiação. Subi solitária ao pódio das 45-49. Ganhei por W.O. Assim é fácil levar troféu. Mas 1h14m40 não é feio, não.
Depois fomos almoçar. Thelma, Julinha, Marcos, Marquinhos, meus afilhados Dani e Celso mais tooda a família da Dani. Gosto muito dessa parte. Rir, relaxar, falar bobagens sobre a prova. Comentar sobre o que não fizemos direito, como o Marcos grunhindo: “Pedalei como uma moça” ao que Thelma retrucava “que moça? de que moça você está falando? Porque se for uma moca como eu, você mandou bem!”. A Dani, rindo, e falando de como é fácil achar sua bike depois da natação: não sobrou mais nenhuma ali...
A gente reclama um pouco, mais se diverte sempre.

3 comentários:

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