terça-feira, 4 de agosto de 2009

Troca de pastilhas ou a vingança


Arrumei uma briga com a minha magrela ontem. Nós duas saímos machucadas.
Tudo isso porque fui trocar as pastilhas do freio dianteiro. Por conta da avaria na minha roda que ainda não ficou pronta hoje, excepcionalmente, planejava treinar com a minha Zipp. Só uso esta roda pra competição pois tenho dó de colocar na USP. E, para isso, é preciso trocar as pastilhas. A pastilha da roda normal não serve para a Zipp.
Eu já tinha visto esta troca sendo feita umas duas vezes e pensei “é bico. Dois palitos, eu faço o serviço”. Hum. Levei uns 30 minutos. Sem contabilizar o intervalo de uns 20 minutos que dei pra passar a irritação.
Peguei a bike, as pastilhas, as ferramentas e fui, de calça estilo “senhora diretora”, começar a operação. Afinal, pra que trocar de roupa se eu não ia nem me sujar? Hum.
Virei a bike de ponta cabeça e estudei o freio. Chave alley na mão, soltei o parafusinho de um dos lados. Bico! Hum. Do outro lado, a chave não encaixou. Estava pequena demais. Ué... Como é que pode? Tentei a chave maior... Não cabia. Olhei mais de perto. Não tinha parafuso. Teoricamente, então, era só deslizar as pastilhas para fora do encaixe.
Aí começou meu embate com a bike. Primeiro: o lugar onde fica a pastilha não é de fácil acesso, sabe? Fiquei de ponta-cabeça tentando achar uma posição pra puxar a pastilha e não deixar a bike deslizar ou, ao contrário, deslizar a pastilha e puxar a bike. Aí, a bike escorregava e a pastilha não saia do lugar. Comecei a suar. Nada. Coloquei-a no meu colo. Ela mordeu a pastilha e não quis largar. Enfiei uma chave de fenda, tentando soltar, fiz mais força do que devia, machuquei a magrela. Ela se revoltou e, me arranhou a mão.
Nos engalfinhamos e rolamos pelo chão. Parei. Saí de perto. Fui respirar. Acalmar. Voltei. Conversei com ela. Pedi desculpas pelo machucado em sua pintura. Ela cedeu. Consegui tirar as pastilhas. Colocar as outras, também não foi fácil, mas não teve briga.
Coloquei a rebelde no carro, junto com a Zipp e fui dormir com gosto de vitória. Tinha trocado as pastilhas. Sozinha. E de uma bike selvagem. Hum.
Cheguei na USP cedo e fui montar a roda. Cadê a blocagem (pecinha que prende a roda no garfo da bicicleta)? Não levei. Fiquei sem treino. No carro, de volta, a bike parecia rir de mim.
Mas não tive dúvidas, cheguei em casa atrelei ela no rolo e a castiguei por uma hora.

Um comentário:

  1. KKKKKKKKKKKKKKKKKKK NOSSA QUE SAGA,ME DESCULPE MAS FOI MUITO ENGRAÇADO.ROLEI DE RIR.PARABÉNS PELO MENOS TROCOU AS PASTILHAS.

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