A USP fechou de 5ª até hoje. Ou seja, nosso lugarzinho fácil, próximo e com padoca, estava vedado. Teríamos de organizar dois treinos: na quinta e no sábado. A previsão metereológica avisava a chegada de uma frente fria, trazendo chuva, já no início do feriado.
Nossa primeira opção era Romeiros na 5ª e Riacho Grande no sábado. Mas descobrimos que haveria romaria na estrada no dia do feriado. Pedalar em dia de romaria é inviável: dezenas de charretes com som de música sertaneja bombando em suas potentes caixas acústicas, cavalos pangarés das mais variadas variedades e, surprise surprise, muitas bicicletas com chupetas e bichinhos de pelúcia presos aos seus guidões. E eles são muitos. Quando você acha que acabou, vira a curva e pronto, lá estão eles de novo. O problema é, principalmente, nas subidas. Os romeiros-ciclistas vão pedalando até certo ponto, e aí sem aviso prévio, simplesmente param e desmontam. A gente, que vem no embalo, precisa desviar rapidinho o que, às vezes, não é simples, já que ocupam a pista inteira e, para ultrapassá-los é preciso ir pela contramão. E não vamos nem falar nas brincadeirinhas e comentários engraçadinhos no momento em que umA ciclistA (não um ciclistO) passa sozinha por eles. Mas lembra como chama a estrada: Estrada dos Romeiros. Portanto, não reclame. A prioridade é deles.
Mas voltando aos treinos deste fim-de-semana prolongado pelo feriado de nove de julho. Nossa assessoria, a MPR, combinou encontro na “estradinha”, também conhecida como Riacho Grande ou Caminhos do mar ou Estrada Velha de Santos. É uma volta de 16 km, no topo da Serra do Mar. Venta muito. Quando não venta, chove. Deve ser um dos índices pluviométricos mais altos do Brasil.
Embora a previsão não fosse das melhores, 5ª feira não choveu e rolou o treino. Com muito vento no uphill, claro. Fui até antes do horário marcado pra fazer 65 km e voltar a tempo de ver o Tour. Deixamos mais ou menos marcado o treino de sábado em Romeiros. Sábado não tem erro. Não tem Romaria.
A tal da frente fria chegou sexta com tudo. E nosso treino de sábado foi por água abaixo.
Aí, já viu. Um treino perdido por fim de semana, tudo bem. Mas domingo ia ter de ter treino. Foi um troca-troca de torpedos pra tentar combinar ONDE. Romeiros era a primeira opção. Liguei pra Itu, descobri que ia ter romaria de novo. Riacho Grande de novo. Que saco. E o tempo? Nem a previsão se decidia. Entrei em três sites diferentes e cada um previa uma coisa. Chuva desde cedo em um, nublado em outro, chuvisco no outro. Impossível ter certeza. Até meus filhos sofreram com esta indefinição. Iam dormir na casa da avó, depois não iam mais (porque a chuva parecia não ter fim), depois iam de novo (porque a chuva deu uma trégua), depois não iam (aí não teve nada a ver com a previsão, mas com o mau tempo, digo mau-humor, do pai deles mesmo) e acabaram indo (antes que a mãe deles fechasse o tempo).
Logo cedo, nova troca de torpedos. O tempo estava muito estranho. Ir pro Riacho era garantia de tomar chuva.
Eu e o Roi (meu marido, que também treina, e isso é assunto pra pelo menos uma postagem) arriscamos a USP. E entramos. E tomamos um pouco de chuva. Mas o tempo foi abrindo, foi abrindo e... abriu!
Foi ótimo. Pedalei um pouco sozinha, um pouco com o Flavio (que já fez três Irons) e foi uma ótima companhia e depois sozinha de novo. . Sempre de cara no vento. Assim se passaram 80km e nem me senti como um hamster na gaiola E o povo disse que ia pedalar, coisa e tal, se assustou com a cara feia do tempo e não foi. Perderam.
"Assim se passaram 80km e nem me senti "... fiquei passada com este comentário, será que um dia eu consigo pedalar metade desses km????????
ResponderExcluirThais